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Para abrir espaço ao que perdura, talvez seja preciso desfazer as formas que um dia reivindicaram autoridade. Não formas de ordem, mas gestos de relação. Palavras e sentidos repousam como vestígios — de memória, de significados antes deixados de lado. Algumas histórias nunca estiveram ausentes, apenas não foram acolhidas — tornadas invisíveis por estruturas que não foram feitas para recebê-las.

 

Um recipiente, não para conter, mas para acompanhar — uma estrutura ao mesmo tempo firme e flutuante, moldada à mão em aço e cortiça, que carrega a tensão entre a solidez e a leveza, entre o respeito e o cuidado.

 

Na quietude, resiste ao fechamento. Aquilo que escolhemos manter por perto passa a fazer parte da própria peça — não por posse, mas por diálogo. Vessel não oferece respostas, apenas uma abertura: um lugar para retornar, existir, lembrar de outro modo.

 

Vessel, 2025

Vessel table Process 
Crafted by hand from 11-gauge hot-rolled steel and low-density cork through a process of bending, cutting, and assembling.

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