VESSEL, 2025
Brooklyn, new York
Gabriela Mestriner




Para abrir espaço ao que perdura, talvez seja preciso desfazer as formas que um dia reivindicaram autoridade. Não formas de ordem, mas gestos de relação. Palavras e sentidos repousam como vestígios — de memória, de significados antes deixados de lado. Algumas histórias nunca estiveram ausentes, apenas não foram acolhidas — tornadas invisíveis por estruturas que não foram feitas para recebê-las.
Um recipiente, não para conter, mas para acompanhar — uma estrutura ao mesmo tempo firme e flutuante, moldada à mão em aço e cortiça, que carrega a tensão entre a solidez e a leveza, entre o respeito e o cuidado.
Na quietude, resiste ao fechamento. Aquilo que escolhemos manter por perto passa a fazer parte da própria peça — não por posse, mas por diálogo. Vessel não oferece respostas, apenas uma abertura: um lugar para retornar, existir, lembrar de outro modo.
Vessel, 2025

Processo Vessel Table
Feito à mão em aço laminado a quente de calibre 11 e cortiça de baixa densidade por meio de um processo de dobra, corte e montagem.
